Caixa retoma financiamento para imóveis de até R$ 2,25 milhões e aquece mercado de alto padrão

Medida integra pacote do Governo Federal para impulsionar o crédito habitacional, ampliar o acesso da classe média e modernizar o mercado imobiliário em 2025

A Caixa Econômica Federal retomou, nesta semana, o financiamento imobiliário para imóveis avaliados em até R$ 2,25 milhões, movimento que marca uma das maiores mudanças recentes no crédito habitacional brasileiro. A decisão — anunciada pelo banco e confirmada pelo Ministério das Cidades — deve impulsionar especialmente o mercado de médio e alto padrão no país.

Novo teto redefine estratégia do crédito habitacional

O limite anterior de financiamento dentro do SFH (Sistema Financeiro da Habitação) era de R$ 1,5 milhão, vigente desde 2021. Com o aumento para R$ 2,25 milhões, famílias de renda média e média-alta passam a ter acesso a condições mais competitivas, com juros controlados e regras mais flexíveis.

De acordo com a Agência Gov, a ampliação do teto faz parte do redesenho nacional do crédito imobiliário, que também inclui novas diretrizes de sustentabilidade e modernização da destinação dos recursos da poupança.

A Caixa informou que o financiamento pode chegar a 80% do valor do imóvel, principalmente em operações no sistema SAC (Sistema de Amortização Constante), modelo preferido por grande parte dos compradores brasileiros.

Medida beneficia classe média e acelera setor da construção civil

Especialistas ouvidos pela CNN Brasil destacam que o novo limite atende a uma demanda reprimida no mercado: imóveis acima de R$ 1,5 milhão vinham sendo financiados majoritariamente fora do SFH, muitas vezes com taxas mais elevadas.

Para a construção civil, o impacto é ainda maior. A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) afirmou ao R7 que a mudança cria ambiente favorável para novos lançamentos e reaquece o segmento de médio e alto padrão, que cresceu acima da média nos últimos dois anos.

Além disso, o governo tem sinalizado interesse em estimular obras sustentáveis. Empreendimentos acima do teto do SFH poderão ter financiamento desde que atendam a critérios ambientais, energéticos e de eficiência definidos pelo selo Casa Azul Caixa.

O que muda para quem quer comprar um imóvel

Com a retomada do financiamento:

  • Entrada tende a diminuir, já que o financiamento pode chegar a 80% do valor avaliado;
  • Compradores podem acessar juros mais competitivos, limitados pelo SFH;
  • O acesso ao crédito para imóveis entre R$ 1,6 milhão e R$ 2,25 milhões se torna mais fácil e menos burocrático;
  • Imóveis de padrão superior ganham maior liquidez e busca;

Segundo análise do InfoMoney, o financiamento acima de R$ 2 milhões cresceu mais de 40% nos últimos dois anos, mesmo com taxas elevadas — sinal de que existe mercado para esse segmento, especialmente em capitais como Belo Horizonte, São Paulo e Brasília.

Impacto regional: Belo Horizonte e Região Metropolitana ganham destaque

A Região Metropolitana de BH, que tem registrado forte valorização em bairros como Buritis, Estoril, Castelo, Belvedere e Nova Lima, deve ser uma das mais favorecidas pelo novo teto.
Segundo dados do Sinduscon-MG, empreendimentos entre R$ 1,7 milhão e R$ 2,3 milhões representam a maior fatia de lançamentos recentes.

Com a nova regra da Caixa, mais compradores poderão financiar esse tipo de imóvel com condições melhores — o que tende a acelerar vendas e diminuir o tempo médio de estoque.

Desafios ainda existem

Analistas alertam que, embora positiva, a medida não resolve todos os entraves do crédito imobiliário em 2025:

  • A taxa Selic ainda está acima do ideal para expansão rápida do setor;
  • O custo dos insumos da construção segue pressionado;
  • A exigência de sustentabilidade para projetos acima do limite SFH pode exigir adaptações de construtoras menores;
    (Fontes: CNN Brasil, G1)

Mesmo assim, o consenso entre economistas consultados pela Portas é de que o pacote anunciado cria um cenário “mais otimista e previsível” para o mercado.

Conclusão

A retomada do financiamento da Caixa para imóveis de até R$ 2,25 milhões marca um avanço estratégico para o setor imobiliário. Ao ampliar o acesso da classe média, fortalecer o crédito e estimular obras sustentáveis, a medida sinaliza um 2025 mais aquecido — tanto para compradores quanto para incorporadoras.

Para o mercado de Belo Horizonte e Região Metropolitana, onde a Malta Imóveis atua, o impacto deve ser ainda mais evidente: mais oportunidades de compra, maior liquidez e um ciclo de valorização reforçado pelas novas regras.

 

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