Alta nas vendas de veículos eletrificados já
impacta construtoras e exige novas soluções nos prédios
BH e região metropolitana vivem impacto direto da
mobilidade sustentável
A
mobilidade elétrica deixou de ser uma tendência distante e já começa a impactar
a vida dos mineiros. Em Minas Gerais, as vendas de carros elétricos e híbridos
cresceram de forma acelerada nos últimos meses, colocando o estado entre os
principais mercados do país. Com isso, surge um novo desafio: a adaptação dos
empreendimentos imobiliários, que precisam se preparar para atender uma demanda
cada vez mais urgente — a recarga dos veículos dentro de casa.
Infraestrutura deixa de ser luxo e vira necessidade
Até pouco
tempo, pontos de carregamento eram vistos como um diferencial exclusivo de
prédios de alto padrão. Hoje, a realidade mudou. Incorporadoras já incluem
vagas preparadas para carros elétricos em projetos de médio e alto padrão em
Belo Horizonte e região metropolitana. A exigência também chega aos condomínios
mais antigos, que passam a discutir formas de adaptar a estrutura elétrica para
comportar essa tecnologia.
Adaptação técnica e segurança
O
processo, no entanto, não é simples. Instalar carregadores demanda reforço na
rede elétrica, cumprimento de normas técnicas e atenção redobrada às regras de
segurança contra incêndios. Órgãos reguladores e normas da ABNT já estabelecem
parâmetros para a instalação adequada, o que torna o tema ainda mais relevante
para síndicos, administradores e moradores.
Valorização imobiliária
A
presença de infraestrutura para recarga já começa a influenciar no valor dos
imóveis. Empreendimentos preparados tendem a ser mais atrativos, seja para
compra, venda ou aluguel. Especialistas apontam que, em breve, a ausência desse
tipo de solução pode se tornar um fator de desvalorização.
Tendência irreversível
O
crescimento dos veículos elétricos em Minas acompanha uma transformação global
no setor de transportes. Para o mercado imobiliário, o recado é claro:
adaptar-se deixou de ser opcional. A relação entre mobilidade e moradia entra
em um novo patamar, e os projetos que se anteciparem a essa demanda sairão na
frente.