Custo do condomínio passa a definir a escolha do imóvel no Brasil

Despesas fixas elevadas e busca por mais autonomia levam famílias a repensar se vale a pena morar em apartamento

O valor do condomínio deixou de ser um detalhe secundário e passou a ocupar papel central na decisão de moradia dos brasileiros. Levantamentos recentes do setor imobiliário indicam que uma parcela significativa da população tem priorizado casas em detrimento de apartamentos, motivada principalmente pelo impacto dos custos mensais no orçamento familiar.

Despesas fixas influenciam diretamente a decisão

Itens como manutenção predial, segurança, limpeza, consumo coletivo de água e gás, além da conservação de áreas comuns, fazem parte da rotina dos condomínios residenciais. Em muitos casos, essas despesas representam um valor mensal elevado, que se soma ao aluguel ou à prestação do financiamento.

Além do custo fixo, reajustes periódicos e despesas extraordinárias geram incerteza financeira, levando moradores a reconsiderar se o modelo de moradia em condomínio ainda faz sentido para sua realidade.

Belo Horizonte acompanha essa mudança de comportamento

Em Belo Horizonte, o impacto do condomínio na escolha do imóvel é cada vez mais evidente. Regiões como o Barreiro, com forte perfil residencial e infraestrutura consolidada, concentram famílias que avaliam o custo total da moradia, e não apenas o valor anunciado do imóvel.

Nesse contexto, casas com entrada individual, quintal ou área externa passaram a ganhar vantagem competitiva em relação a apartamentos com condomínios elevados, especialmente entre famílias que buscam previsibilidade financeira e maior controle dos gastos mensais.

Autonomia e previsibilidade favorecem casas

Outro fator que impulsiona a preferência por casas é a autonomia. Em imóveis individuais, o morador administra diretamente despesas como água, energia e manutenção, reduzindo a dependência de decisões coletivas e cobranças compartilhadas.

A liberdade para realizar adaptações, pequenas reformas ou melhorias no imóvel também pesa na escolha, sobretudo entre famílias que desejam personalizar o espaço de acordo com suas necessidades.

Novo estilo de vida influencia o mercado

Especialistas apontam que mudanças no estilo de vida observadas nos últimos anos também contribuem para esse movimento. O crescimento do trabalho remoto e híbrido ampliou a busca por imóveis mais espaçosos, com ambientes flexíveis e possibilidade de áreas externas.

Nesse cenário, casas passaram a ser vistas não apenas como local de moradia, mas como espaços multifuncionais, capazes de atender demandas profissionais, familiares e de lazer.

Apartamentos mantêm relevância, mas com novos critérios

Apesar da tendência, os apartamentos continuam sendo uma opção importante no mercado imobiliário, especialmente em áreas bem localizadas e com fácil acesso a comércio e transporte.

No entanto, o perfil do consumidor mudou. Empreendimentos com estrutura mais enxuta, menor número de unidades e despesas condominiais controladas tendem a ter maior aceitação entre compradores e locatários mais atentos ao custo-benefício.

Mercado imobiliário se ajusta ao novo perfil do consumidor

Diante desse cenário, construtoras, incorporadoras e imobiliárias têm adaptado seus projetos e estratégias. Há crescimento na oferta de casas em bairros bem estruturados e, ao mesmo tempo, uma busca por modelos de condomínios mais econômicos e sustentáveis.

No Barreiro, profissionais do setor relatam aumento na procura por imóveis que ofereçam equilíbrio entre conforto, localização e custos mensais mais previsíveis.

Pontos que devem ser avaliados antes da decisão

Antes de escolher entre casa ou apartamento, especialistas recomendam atenção a fatores como:

  • Valor do condomínio e histórico de reajustes
  • Existência de taxas extras e rateios
  • Uso real das áreas comuns
  • Perfil da família e rotina diária
  • Planejamento financeiro de médio e longo prazo

O aumento do custo dos condomínios tem redefinido a forma como os brasileiros escolhem onde morar. Em Belo Horizonte, especialmente no Barreiro, a preferência crescente por casas reflete uma busca por controle financeiro, autonomia e qualidade de vida.

Mais do que o tipo de imóvel, a decisão passa pela análise cuidadosa dos custos mensais e da compatibilidade da moradia com o estilo de vida de cada família.

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