FGTS em 2025 e 2026: quando usar, quando evitar e os erros mais comuns

Fundo segue sendo aliado na compra do imóvel, mas uso inadequado pode comprometer o planejamento financeiro

O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) segue sendo um dos principais instrumentos de apoio à aquisição da casa própria no Brasil. Em 2025 e 2026, mesmo diante de um cenário econômico mais cauteloso e de maior rigor na concessão de crédito, o fundo mantém papel relevante no financiamento imobiliário. Especialistas do setor, no entanto, alertam que o uso inadequado do recurso pode comprometer o planejamento financeiro do comprador.

O FGTS pode ser utilizado para dar entrada na compra do imóvel, amortizar ou quitar o saldo devedor do financiamento e, em alguns casos, pagar parte das prestações. Essas possibilidades seguem regras específicas, como limite de valor do imóvel, enquadramento do comprador como pessoa física e ausência de outro imóvel residencial no mesmo município, além de outros critérios definidos pela legislação vigente.

Em geral, o uso do FGTS é considerado vantajoso quando o comprador precisa reduzir o valor financiado ou diminuir o impacto dos juros ao longo do contrato. A amortização do saldo devedor, por exemplo, pode representar economia significativa no custo total do financiamento, especialmente em operações com taxas mais elevadas. Para muitas famílias, o recurso também viabiliza a entrada do imóvel, facilitando a aprovação do crédito.

Por outro lado, especialistas recomendam cautela em situações em que o uso do fundo elimina a única reserva financeira do comprador. Embora o FGTS tenha finalidade habitacional, ele também pode funcionar como proteção em momentos de instabilidade profissional. Além disso, nem sempre sua utilização é a melhor alternativa quando o financiamento possui juros mais baixos ou quando o imóvel não atende aos critérios exigidos.

Entre os erros mais comuns estão a falta de planejamento financeiro, o desconhecimento das regras do fundo e a expectativa de que o FGTS cubra todos os custos da compra. O recurso não pode ser utilizado para despesas como ITBI, escritura, registro e taxas cartoriais, o que frequentemente surpreende compradores menos experientes. Outro equívoco recorrente é não avaliar o impacto do saque no longo prazo, considerando que o saldo do FGTS pode continuar rendendo ao longo do tempo.

No contexto de 2025 e 2026, com análises de crédito mais criteriosas, o FGTS permanece como um diferencial importante, especialmente para famílias de renda média. No entanto, o mercado exige cada vez mais organização documental e avaliação cuidadosa do perfil financeiro do comprador, tornando a orientação profissional um fator decisivo para o sucesso da operação.

Em Belo Horizonte, o fundo segue sendo amplamente utilizado para viabilizar a compra do primeiro imóvel, sobretudo em regiões com forte demanda residencial, como o Barreiro. Imobiliárias da capital mineira observam que compradores bem informados conseguem utilizar o FGTS de forma estratégica, reduzindo riscos de atrasos e evitando contratempos durante o processo de financiamento.

Diante desse cenário, especialistas recomendam que o comprador avalie o valor total do financiamento, a taxa de juros aplicada, o impacto da amortização no saldo devedor e sua estabilidade de renda antes de decidir pelo uso do FGTS. Mais do que acessar o recurso, o essencial é alinhar sua utilização a um planejamento financeiro consistente.

Em 2025 e 2026, o FGTS continua sendo um aliado importante na compra do imóvel, mas seu uso exige atenção, informação e estratégia. Utilizado de forma consciente, o fundo pode facilitar o acesso à moradia e reduzir custos. Mal planejado, pode comprometer a segurança financeira no médio e longo prazo.

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