Empresas buscam espaços mais flexíveis e acolhedores para atrair colaboradores de volta ao trabalho presencial
Observar as transformações do
mercado imobiliário é também enxergar como as cidades evoluem diante das
mudanças econômicas, tecnológicas e comportamentais. E, no caso dos imóveis
comerciais, uma nova tendência vem se consolidando em Belo Horizonte e região
metropolitana: a valorização de espaços flexíveis, funcionais e acolhedores.
Nos últimos cinco anos, as
características mais desejadas nos escritórios mudaram radicalmente. Se antes
predominavam plantas compartimentadas e rígidas, hoje a procura está voltada
para salas integradas, com layouts adaptáveis e ambientes que favoreçam bem-estar
e colaboração.
Após a pandemia, muitas
empresas perceberam o desafio de competir com o conforto do home office.
Colaboradores acostumados ao trabalho remoto ou híbrido passaram a priorizar
qualidade de vida, autonomia e flexibilidade. Nesse cenário, o espaço físico de
trabalho deixou de ser apenas um endereço e passou a representar a cultura
da empresa e sua estratégia de retenção de talentos.
De acordo com levantamentos
recentes de entidades ligadas à gestão de pessoas, mais da metade das empresas
no Brasil já retomaram o regime 100% presencial. Para tornar esse retorno mais
atrativo, cresce a busca por empreendimentos comerciais que ofereçam:
O contrário também é
verdadeiro: salas em prédios mais antigos, com pouca infraestrutura, iluminação
fria e ausência de espaços coletivos, vêm perdendo atratividade.
No mercado de Belo Horizonte,
já se observa esse reaquecimento, especialmente em regiões de forte movimento
empresarial, como Savassi, Lourdes, Belvedere e Barreiro, além de áreas
em crescimento no eixo da Nova Suíça e Contagem. O foco das empresas
deixou de ser apenas metragem e localização: hoje, a experiência de quem
ocupa o espaço e a eficiência de custos são fatores decisivos.