Mercado imobiliário em valorização: preços sobem 0,57% em setembro e acumulam alta acima da inflação

Alta contínua nos preços residenciais supera inflação, destaca capitais em valorização e reforça otimismo do setor imobiliário

O mercado imobiliário brasileiro mantém trajetória firme de valorização. Dados recentes do Índice FipeZap, que monitora anúncios de venda de imóveis residenciais em 56 cidades do país, apontam alta de 0,57 % em setembro — acima dos 0,50 % registrados em agosto.

Panorama acumulado: anual e no ano

No acumulado de janeiro a setembro, os valores de venda dos imóveis residenciais avançaram 5,04 %, superando a inflação medida pelo IPCA (3,64 %) e contrastando com o IGP-M, que recuou 0,94 %.

Nos últimos 12 meses, a valorização foi de 6,89 %, novamente acima da inflação do período (IPCA de 5,17 %).

Anteriormente, em 2024, o mercado também havia registrado expressiva alta: os imóveis residenciais valorizaram 7,73 % no ano — o maior ganho em mais de uma década.

Tipos de imóvel e cidades com maior alta

  • Entre as tipologias, unidades de três dormitórios foram as que mais subiram em setembro (+0,73 %), enquanto imóveis de um dormitório tiveram a menor variação (+0,46 %).
  • Capitais como Campo Grande (1,95 %), Curitiba (1,16 %) e Belo Horizonte (1,11 %) também se destacaram com altas acima da média.
  • No ranking de valorização acumulada em 12 meses, Vitória lidera com alta expressiva, seguida por Salvador e João Pessoa.

Custo por metro quadrado

O preço nacional médio do metro quadrado de imóveis residenciais em setembro foi estimado em R$ 9.477/m².

Unidades de um dormitório apresentaram valor médio de R$ 11.408/m², enquanto as de dois dormitórios ficaram na faixa de R$ 8.526/m².

Capitais com valores mais altos por m² incluem Vitória, Florianópolis, São Paulo e Curitiba; entre as menores médias estão Aracaju, Teresina e Natal.

Locação e sinais para o futuro

Enquanto os preços de venda continuam fortes, o segmento de aluguel residencial mostra sinais de desaceleração. Segundo o Índice FipeZap de locações, houve queda no ritmo de alta — embora ainda haja cidades com ganhos expressivos de aluguel.

Especialistas apontam que fatores como estabilidade macroeconômica, queda (ou estabilidade) da inflação e eventual queda de juros podem sustentar a valorização imobiliária nos próximos meses. Regiões antes menos valorizadas ou capitais de porte médio deverão ser observadas como oportunidades.

WhatsApp